A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) nesta segunda-feira (12), e o vigilante Marcos Vagner de Souza virou réu sob a acusação de ter matado e escondido o corpo da adolescente Isis Vitória Mizerski Ribeiro, de 17 anos. A jovem teria sido morta em Tibagi, nos Campos Gerais do Estado, e o corpo dela não foi encontrado ainda.
Marcos foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado na última sexta-feira (9). Agora, ele responde por homicídio qualificado (feminicídio, dissimulação e motivo torpe), ocultação de cadáver e aborto, já que Isis estava grávida.
“A próxima fase vai ser a de marcar a audiência de instrução e julgamento para que ele seja remetido ao Tribunal do Júri. Com absoluta segurança pelo que consta nos autos, ele terá seu nome lançado no rol dos culpados depois que for submetido a julgamento”, disse o advogado Claudio Dalledone Jr., que representa a família de Isis.
O desaparecimento da adolescente foi registrado pela mãe dela no dia 7 de junho, após a menina sair para encontrar Marcos — com quem teve um relacionamento — e não retornar para casa. Isis teria ido ao encontro dele para conversar sobre a descoberta de sua gravidez.
As investigações apontam que, após o encontro, o suspeito tentou forjar três álibis, incluindo uma mensagem em um grupo informando que estaria chegando em casa, quando na verdade não estava.
“A situação pode ser comparada ao caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais, em 2010. O corpo dela nunca foi localizado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação”, afirmou o delegado Matheus Campos, responsável pelo relatório final sobre o crime.
O réu teve a prisão preventiva decretada na sexta-feira a pedido da Polícia Civil.
Via Banda B